terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Maria.

Ultimamente os dias passam sobre Maria...



Lento...



O que Maria não sabia, é que hoje acordaria bem
Como todos os dias, mal.

Como todos os dias, finda de uma própria energia linda, porem gasta, aos olhos de João.

Oh não ! Como assim ?

Maria é para João, assim como pra vaca é o capim !

Necessário !


Acorda Maria.
A auto evolução do ser te espera, assim como espera João.
No fim, talvez então vocês voltem a dividir colheradas de afeto, arroz e feijão.

Por enquanto não.


Claro que não, você não vê ?
O mal é necessário pra quem quer viver.
Por ai se aprende, que nem sempre é de João, que se vive Maria.
É muitas bicicletas sobre a rua vazia, eu sei, são muitos sucos de abacaxi com coco.

Mas é oco, se não há tesão.
É festa, se o coração engana.
Não é tão fácil quanto ir pra cama, nem tão difícil quando se ama.
Porem é um verdadeiro choque, perder tudo junto, quando se tem uma longa trama.

E hoje foi assim...

Maria como eu, morreu.
Mas eu sei, que Maria é forte e vai voltar maior.
E assim fazer brilhar os olhos do povo.

Do povo e de João.

Mas ai pode ser tarde, e Maria se apaixonar de novo...
Ela diz que não !

Que quer o que tem em João, seu unico amor de verão.
Outono, inverno, primavera...
Depois Maria entende, que só ela será eterna.
E que na vida dela, hoje o povo não entende, o porque de tanta trela...


Mas eu, como já fui ela, entendo o tamanho da perda.



Entendo que um dia, Maria, isso tudo passa...

E passará cantando bela, com cabelos cor de sol
Como tudo que tem nela, que o mundo jamais ousou roubar....



Uma aquarela de verdades claras
Sobre uma vontade súbita de rir de quem disso tudo, riria.






Que venha a paz de Maria.