sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Soy cantante.



Nas cordas, mãos de um par e o desapego
Das músicas que fiz sem julgamento, algum

Minha mãe que disse:
"Filho, mais cuidado, o mundo não produz do teu amor."

Mas eu achei melhor ser abstrato
E até compus uns versos no pelô:


"Sol, sol sol
Vem que o tempo tem, ó Deus
livre-arbítrio nisso, tem de mais
Pois bem, faça sol que nunca mais, faça sol que nunca mais, insisto..."



Depois disso virei músico.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

T.Vidas






"Homem ao mar ! Homem ao mar !"

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Da banheira ao paradoxo





Quem se mistura, não vê o que é falso.

CidaDELA.




Ela vive na cidade
Mas ela vive sem saber
Que nessa idade em que ela vive
Justificar a ilusão é completamente justificável
E o que na verdade é solução, deplorável nela
Isso tudo porque ainda acha que vive de verdade...




Enquanto a cidade vive dela.

domingo, 27 de julho de 2008

Fal.cidade humana.




Aqueles que nascem e vivem, só vivem.
Aqueles que nascem e pensam, sobrevivem.
Aqueles que nascem e fazem, são lembrados.
E aqueles que nada fazem pelos outros, reciclados.



.

Eu nasço
Eu cresço
Eu estudo
Eu aprendo
Eu de nada uso.

É por isso que eu mando
E aquilo que eu não mando eu compro
E aquilo que eu não compro, eu sujo
E aquilo que eu não sujo, bom.

Gira tanto em volta de mim que eu caio.

Mas não canso não.
Vivo sempre em mim.

Eu comigo mesmo e o resto do meu papelão.

domingo, 13 de julho de 2008

Boca-prima

foto de xon em 06-07-2008



A matéria quase sempre é prima.




E aos olhos limpos e confeccionados de quem vê, sempre será prima, pois vem primeiro do que qualquer nível interno.

Ela é externo.
Mas é que começa assim:

A gente cresce e aparece querendo crescer, a gente vê que na verdade o que importa não é aparecer e sim evoluir, mas dai, a gente confunde o que cresceu com o espaço que possuiu, invertendo assim o foco da alma, crescendo e crescendo mas continuando pequeno.

.

Ela era menina de sítio.
Menina de colher de chá e piso xadrez.
Quase sempre sorrindo, quase sempre.

Mas um dia um vento passou
Mostrando pra ela todos os seus defeitos.
Como se não bastasse o efeito, ela fraquejou e caiu de jeito.

Quando a menina acordou já era tarde
E sobre todas as duvidas, já existiam medos.
E sobre todos os medos, ela escondia duvidas...

Tarde...





Ela caíra na boca da vaidade.

Welcome to aconchego




.

E de volta ao leito sereno, ela se enrola e se enrosca feito carretel.
Buscando se segurar nos profundos picos de ansiedade bucal interna.

"
Quem se interessa ?" pensou ela.


Sorria e via que tudo aquilo que acreditava ser cheirava perfume, estrada.
As coisas ficavam bem mais aguçadas cada vez que sua percepção se tornava mais clara.
Buscou um cobertor feito terra, uma cama feito espaço...

A arte de dormir, é a mesma que a de plantar.


Ela acredita que um sonho, é fruto de uma terra fértil
E uma flor, fruta de um belo sono...


Talvez por isso todas as noites antes de dormir tomava banho e se deitava, se regava disposta as novas propostas intuitivas vindas de outros planos de consciência, e quem sabe um dia alguma ciência explique a plenitude que é viver assim, de sonos...

"
Nos vemos amanhã" disse ela ao cobertor, se enroscando feito churros no farelo de açúcar, jogando-se um pouco pro lado e sorrindo moldado em um corpo de Flor.




"
E o mundo precisa de sonhos
E o mundo precisa de amor."

Dormiu.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Eu ?

Hoje eu sei, ela acordou com o pé esquerdo.




Largou um bocejo de graça, não há ninguém que o faça melhor.
Estranhou o piso, escorregou um pouco mais voltou o equilíbrio...

É que a noite passada não agradeceu ninguém.
Se esqueceu do que sempre a fazia bem...




Por hora, gostaria de voltar e deitar naquela cama macia
Mas são tantas coisas mais frias do que o banho que ia tomar, que pra ela o mundo estar girando rápido ou de vagar, não mais importa, deseja agora e agora faz, agora investe em uma loucura a mais, pois bem, assim que se faz...não ?

Desceu as escadas e sentiu o chão gelado, subiu e pegou um par de meias, meias curtas com bordinhas claras, colocou sobre o pé, modificado, quente agora pronto, pode andar sobre o chão que um dia foi de tanto amor direito, ao mesmo tempo leito de muita amargura. "Que loucura" pensou ela, como pode tão pouco espaço ter de tanto acaso, sentimentos raros dentro frascos feitos sobre sentimentos vastos ? As vezes rotulados como "Veneno", as vezes como "Amor". Era o que queria entender, sempre quando sentia a dor.


Se relacionou com o prato de comida, com a mesa, com o copo, com as fotos, com as flores, com a grama, com a casa, com a cama, com o mundo, com a mãe, com o pai, com quem chama e com quem clama, com quem leva e quem desfaz, com quem ama e quem não ama mais, com o forte e com o fraco, com a graça e com quem à faça, com os cães, com os bichos todos, com todos os tolos, com quem nada faz, com quem diz que é capaz, com a praia, com a saia, com a marca, com a bolsa, com a dança, e com quem canta, e com quem toca, e com quem nada sabe do mundo...

Mesmo assim acordou torta.


A necessidade de entender o que aconteceu
É a força que existe pro que plantou, não morrer...

Ela acreditou que a vida ocorre na gente
Sem saber que sem a gente, não ocorreria nada na vida.


Agora está de noite, e esperando ansiosa para o sono

Para que a noite traga, o sonho que sempre teve
Do mundo que sempre sonha.

Só lhe resta agora entrar no ciclo humano de obrigações cíclicas, e ora vez, cair sobre o chão malícia, de uma noite quente, de música explicita, para mais uma vez dormir e acordar com o pé esquerdo, sobre o chão azedo de uma casa fria...



Jogando pra lá e pra cá.

Até finalmente achar, o que no mundo veio pra ser...



Se esquecendo sempre de agradecer.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Maria.

Ultimamente os dias passam sobre Maria...



Lento...



O que Maria não sabia, é que hoje acordaria bem
Como todos os dias, mal.

Como todos os dias, finda de uma própria energia linda, porem gasta, aos olhos de João.

Oh não ! Como assim ?

Maria é para João, assim como pra vaca é o capim !

Necessário !


Acorda Maria.
A auto evolução do ser te espera, assim como espera João.
No fim, talvez então vocês voltem a dividir colheradas de afeto, arroz e feijão.

Por enquanto não.


Claro que não, você não vê ?
O mal é necessário pra quem quer viver.
Por ai se aprende, que nem sempre é de João, que se vive Maria.
É muitas bicicletas sobre a rua vazia, eu sei, são muitos sucos de abacaxi com coco.

Mas é oco, se não há tesão.
É festa, se o coração engana.
Não é tão fácil quanto ir pra cama, nem tão difícil quando se ama.
Porem é um verdadeiro choque, perder tudo junto, quando se tem uma longa trama.

E hoje foi assim...

Maria como eu, morreu.
Mas eu sei, que Maria é forte e vai voltar maior.
E assim fazer brilhar os olhos do povo.

Do povo e de João.

Mas ai pode ser tarde, e Maria se apaixonar de novo...
Ela diz que não !

Que quer o que tem em João, seu unico amor de verão.
Outono, inverno, primavera...
Depois Maria entende, que só ela será eterna.
E que na vida dela, hoje o povo não entende, o porque de tanta trela...


Mas eu, como já fui ela, entendo o tamanho da perda.



Entendo que um dia, Maria, isso tudo passa...

E passará cantando bela, com cabelos cor de sol
Como tudo que tem nela, que o mundo jamais ousou roubar....



Uma aquarela de verdades claras
Sobre uma vontade súbita de rir de quem disso tudo, riria.






Que venha a paz de Maria.