- Se podes fazer, então que faça cada vez melhor ! - Me diz que culpa tenho de apostar em mim ? - Cada vez que se apega, envelhece. - Eu já estou velho - E eu posso ver - Então - Então o que ? - Eu estou velho - Sim, está - E isso dá - Dá certo quando se está sonhando, meu velho - A experiência do continuo nunca foi um sonho - A não ser que veja pela janela da esperança - Implicância ! - Você jura ?! - Não há diferenças que provem o pior - São as diferenças que provam o pior ! - E desde quando é necessário ? - Desde quando movemos as pessoas - Eu não movo ninguém - Velho - Novo - Velho - O que te faz achar que move alguém ? - O mesmo que te faz achar que não move.
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- Pra te falar a verdade, eu nunca vi diferença. - Mas ela existe. - E qual é ?
Um dia, eu sei: Todas as nossas mentiras serão julgadas, as doces, as salgadas, amargas... Pro coração, não vale muito a pena deixar pra lá, intriga-o ver o ser humano mentir, simular saídas de emergência, se enrolar. Pra ele é simples deixar de bater, mas quase sempre ele prefere te ver curvar e desistir por si só de todos os karmas que te fez estar. Então quando ele vê que "aprendeu" a lição, ele te livra do peso, pode levar anos, como pode durar meses. O engraçado, é que ninguém aprende mesmo, de verdade, ninguém quer aprender, porque aprender significa resolver, e em muitos dos casos, não é o bastante.
De frente, agora, enfrento de novo o coração, meio acuado, refém de um buraco feito por mim mesmo, e tampado com milhões de argumentos estéticos, talvez por mais uma vez ter feito a coisa certa, do jeito errado...
Com sono, cansado, deitado sã... Eu queria mesmo era ser como o hoje, sem a fofoca do ontem, e a mente canastrona do amanhã.